O retorno presencial às aulas na UFJF, no período suplementar, teve confirmados 15 casos de Covid. Os números são do Boletim Informativo (BI) da plataforma Busco Saúde, que indicou ainda 147 casos suspeitos. O sistema, desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), tem o objetivo de monitorar discentes, docentes, técnico-administrativos em educação (TAEs) e terceirizados que retornaram às atividades presenciais em quatro cursos de Saúde; Odontologia (nos dois campi), Enfermagem e Medicina.
Os dados disponibilizados pela plataforma contabilizam 1.404 usuários cadastrados, sendo 1.195 graduandos (85,1%), 58 TAEs (4,1%), 133 docentes (9,5%) e 18 terceirizados (1,3%). O monitoramento foi iniciado no dia 1° de julho de 2021 e traz resultados de 8 semanas de observação da comunidade acadêmica.
Apesar da prorrogação da suspensão das atividades presenciais até o dia 28 de setembro pela instituição, foi aprovada pelo Conselho Superior da UFJF a oferta de disciplinas híbridas em formato intensivo para cursos da UFJF-GV em reunião realizada na sexta-feira, dia 27 de agosto.
Como apontado pelo coordenador de Comunicação do SINTUFEJUF, Márcio Sá Fortes, o período de vigência das disciplinas aumenta ainda mais a exposição da comunidade acadêmica ao vírus. “Com a aprovação desse período intensivo, a parte de saúde vai praticamente toda voltar a funcionar presencialmente, uma vez que conta com um número grande de disciplinas, em vários laboratórios, inclusive anfiteatro”.
O SINTUFEJUF tem reafirmado sua defesa de apenas ampliar o trabalho presencial dos TAEs após a segunda dose e da janela de imunização após 14 dias. Para isso, o sindicato tentou no Conselho Universitário que a data de prorrogação da suspensão das aulas passasse de 28 de setembro para 08 de outubro no sentido de garantir a imunização.
A APES, por sua vez, mantém sua posição contrária à retomada das atividades presenciais na instituição, antes do controle da pandemia, seguindo decisão da assembleia, com o intuito de resguardar a integridade física e sanitária da comunidade acadêmica e evitar que a universidade contribua para o aumento da transmissão do vírus.
A plataforma Busco Saúde tem se revelado importante no monitoramento, no entanto, não consegue monitorar todos os envolvidos na volta às aulas da UFJF, como os familiares de estudantes, docentes, TAEs e terceirizados. No entanto, as entidades têm reiterado que a UFJF não disponibilizou para a comunidade acadêmica ampla testagem e rastreio, medidas realmente efetivas para controle do vírus.
“Apesar do avanço da vacinação e seu determinante efeito na queda do número de mortes por Covid no país, a pandemia está longe de ser controlada. A comunidade acadêmica envolvida nas atividades presenciais não está com imunização completa, o que aumenta ainda mais o risco aos envolvidos, seus familiares e para toda a comunidade. Por isso, seguimos na luta em defesa da vida e contra a volta de aulas presenciais de forma prematura na instituição.” disse Augusto Cerqueira da diretoria da APES.