O presidente Jair Bolsonaro nomeou, no dia 04 de Novembro, o candidato que obteve um total de zero votos no Conselho Universitário para comandar a Reitoria da Universidade Federal da Paraíba, entre os anos 2020 e 2024. As demais chapas concorrentes obtiveram mais de 40 votos no Consuni, enquanto a escolhida pelo presidente ficaria em terceiro lugar, sem votos neste.
É prerrogativa do governo federal a nomeação de um dos nomes que compõem a lista tríplice, enviada pelas instituições ao MEC. Entretanto, a comunidade espera que se indique aquele candidato ou candidata que recebeu maior quantidade de votos, sendo o primeiro colocado na lista.
A chapa 3 de Valdiney Veloso Gouveia (Reitor) e Liana Filgueira Albuquerque (vice-reitora), escolhida de Bolsonaro, perdeu entre os docentes, técnicos administrativos e estudantes, utilizando-se então de uma liminar para entrar na lista tríplice.
Esta é a 16ª instituição federal que o governo federal intervém nas escolhas de reitores. Segundo Fernando Cunha, presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal da Paraíba (ADUFPB) – Seção Sindical do ANDES-SN, “este é mais um ataque à Universidade, à democracia e à autonomia universitária, demonstrando, claramente, que esse governo não tem nenhuma responsabilidade com a coisa pública, com a legitimidade dos processos democráticos” e afirmou “essas nomeações de Reitores é para implementar o Future-se, para todo o tipo de negociatas e interesses privados dentro da instituição”.
Protestos
Na tarde do dia 05 de Novembro, integrantes do Comitê de Mobilização pela Autonomia e contra a Intervenção na UFPB realizaram manifestação em frente à Reitoria da instituição contra a nomeação do reitor escolhido por Bolsonaro e para que a chapa 2, vencedora das eleições na universidade, fosse empossada.
A ADUFPB convocou as demais universidades a lançarem uma Campanha Nacional de Luta contra essas intervenções anti-democráticas do então governo.
Além disso, o Antônio Gonçalves, presidente do ANDES-SN se manifestou dizendo: “Bolsonaro continua atacando a autonomia das Instituições de Ensino Superior públicas, desrespeitando a escolha de reitores pela comunidade acadêmica como parte do desmonte da Educação pública, em um momento de grande dificuldade de mobilização devido à pandemia”.
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