O ANDES-SN e entidades ligadas à Educação, juntamente com a Frente dos Inter Comitês pela Revogação do Novo Ensino Médio e Frente Nacional pela Revogação da BNC-Formação, convocam docentes, TAE’S, estudantes e a sociedade para o Dia Nacional de Luta pela Revogação do Novo Ensino Médio (NEM), que se realiza amanhã, dia 27 de junho. O Ministério da Educação prorrogou até o dia 6 de julho a consulta pública para avaliação e reestruturação da política nacional de ensino médio. O protesto tem o objetivo de pressionar o Governo Federal a revogar o NEM.
Manifestações e atos deverão ocorrer em todo o país.
Os intercomitês estão formados nas cidades de Maceió (AL), Salvador (BA), São Luís (MA), Goiânia (GO), Campo Grande (MT), Brasília (DF), Vitória (ES), Porto Alegre (RS), Palmas (TO), e em municípios paranaenses como Curitiba, Maringá, Cascavel, Foz do Iguaçu e São José dos Pinhais. Para os locais onde ainda não há comitês, os movimentos sociais devem articular espaços de debate e organização das lutas contra o Novo Ensino Médio (NEM) e BNC-Formação, além de viabilizar atividades de mobilização. O ANDES-SN, por meios das suas regionais, divulgará outdoors em todos os estados, denunciando a precarização do projeto de educação concretizado pelo NEM.
O Novo Ensino Médio
O Novo Ensino Médio foi criado pelo governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), em 2017. Conforme o cronograma, as mudanças começaram a ser colocadas em prática no ano passado.
O projeto de Reforma do Ensino Médio foi enviado ao Congresso Nacional em setembro de 2016 (MP 746). A proposta, elaborada de forma antidemocrática e unilateral, sem ouvir educadores, educadoras e estudantes, promoveu um verdadeiro retrocesso no processo de ensino.
Milhares de protestos, ocupações estudantis e greve de docentes, técnicos e estudantes eclodiram no país, para tentar barrar a proposta, que acabou aprovada no Congresso Nacional. Entidades sindicais e movimentos da sociedade civil organizada, ligados à educação, como também partidos políticos e o Ministério Público Federal se manifestaram contra a proposta que foi sancionada em 2017.
No momento, sindicatos e entidades de defesa da educação e movimentos sociais veem a chance de exercer maior pressão e conseguir barrar essa proposta de uma vez por todas.