A diretoria nacional do ANDES-SN emitiu nota, nesta terça-feira, repudiando veemente o discurso de ódio proferido pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL/SP), durante ato do Grupo Pró-Armas, realizado domingo (9), em Brasília (DF). O parlamentar chamou professores de doutrinadores e os comparou a traficantes de drogas.
Para a diretoria da entidade, a categoria docente foi vítima “de uma violência criminalizadora inaudita”. “Não se trata aqui de endossar discursos proibicionistas ou condescendentes com a lógica de criminalização e demonização daqueles/daquelas que são massacrado(a)s pelo Estado genocida brasileiro, os ‘traficantes de drogas’, uma massa de jovens negros diuturnamente assassinado(a)s e encarcerado(a)s em nosso país. Mas sim de nos posicionarmos contra essa disputa de sentidos que intenta criminalizar professores e professoras que, críticos à destruição da vida proporcionada pelo capitalismo, são taxado(a)s como ‘doutrinadore(a)s’”, afirma a nota. Leia aqui a íntegra.
Repercussão
A declaração do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro motivou diversas denúncias formais contra o parlamentar tanto no judiciário quanto no parlamento. A deputada Luciene Cavalcante (PSOL-SP), que é professora, acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) com queixa-crime contra Eduardo.
A deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT) e o deputado federal Rogério Correia (PT), ambos de Minas Gerais, também solicitaram, ao Ministério Público Federal (MPF), abertura de inquérito contra o deputado bolsonarista.
A bancada do PSol na Câmara também entrou com representação no Conselho de Ética da Casa contra Eduardo Bolsonaro. O ministro da Justiça, Flávio Dino, informou também que determinou à Polícia Federal abertura de investigações e análise dos discursos proferidos no ato armamentista.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil. Com informações do Brasil de Fato
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