Docentes da UFJF e do IF Sudeste MG se reuniram na manhã desta segunda-feira, 15 de abril,em assembleia descentralizada realizada em Juiz de Fora, na sede da APES, e em Governador Valadares, na unidade São Pedro. Os e as docentes aprovaram, por unanimidade, o estado de assembleia permanente a partir dessa data e a instauração do Comando Local de Greve (CLG). O comando irá conduzir localmente as atividades do movimento grevista, coadunando com as decisões do Comando Nacional de Greve. Além disso, o CLG tem como função assegurar as discussões e avanços da pauta local e garantir representação nas reuniões e atividades do comando nacional. As reuniões do comando local são abertas e, durante essa primeira semana, acontecem diariamente na sede da APES. A próxima será nesta terça, 16 de abril, às 15h, na sede da APES.
Com o Comando Local de Greve instaurado, foi realizada sua primeira reunião, que ocorreu de forma síncrona com docentes de Governador Valadares. Foi formada a Comissão de Ética do Comando Local de Greve, que irá analisar as demandas da comunidade acadêmica que chegarem ao sindicato, por escrito, em relação ao direito de greve e ao funcionamento das atividades essenciais das instituições, entre outras questões.
Também foi organizado um calendário inicial das atividades do CLG, começando com a realização na tarde desta segunda-feira de uma conversa com docentes dos cursos de Engenharia do IF Sudeste MG – Campus JF. Novas comissões e atividades serão organizadas nas próximas reuniões.
Informes
No início da assembleia, a diretora da APES, professora Joana Machado, informou aos e às presentes as atividades realizadas na semana anterior, desde a aprovação da greve pela categoria docente, entre elas: reuniões da comissão de mobilização; participação da APES no ato unificado das entidades, organizado pelo DCE e com participação do Sintufejuf, na UFJF; conversa com estudantes da UFJF do campus de Governador Valadares sobre a greve; entrega à comunidade do Colégio de Aplicação João XXIII de um comunicado sobre a deflagração da greve; reuniões com representantes das administrações superiores do IF Sudeste MG e UFJF para notificar as duas instituições sobre a deflagração da greve e entregar a pauta local de reivindicações; envio de ofícios aos diretores de unidades da UFJF e do IF Sudeste MG comunicando sobre a deflagração da greve; realização do Seminário “Ditadura, sindicato e resistência” na sede da APES.
Joana Machado também informou sobre a participação de representantes da APES na Caravana à Brasília, que sairá hoje de Juiz de Fora juntamente com representantes do Sintufejuf, para participar da agenda nacional de mobilização. No dia 16, haverá uma Audiência Pública para debater as mobilizações e paralisações dos servidores técnico-administrativos de universidades e IFs, às 16h, na Comissão de Administração e Serviço Público, da Câmara dos Deputados. No dia 17, Servidores Públicos Federais farão uma grande marcha até o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.
A diretora da APES, professora Karine Fernandes, também trouxe como informe a discussão sobre a suspensão do calendário do campus Juiz de Fora do IF SUDESTE MG em uma reunião com a direção geral do campus. A votação sobre a suspensão do calendário será nesta quarta-feira, no conselho de campus.
Avaliação Nacional
Outro ponto de pauta da assembleia foi a avaliação nacional, trazida pela diretoria, em especial pelo presidente da APES, professor Leonardo Andrada, que esteve em Brasília na Reunião de Setor das Federais do ANDES realizada no dia 10 de abril, mesmo dia em que foi realizada a oitava rodada de negociação entre servidores(as) e governo na Mesa Central. A leitura geral é que há, de um lado, um endurecimento do governo e uma tentativa de descentralizar a negociação para as mesas setoriais, enfraquecendo a unidade da luta dos servidores públicos federais. Por outro lado, foi perceptível que novas rodadas de negociação começaram a ser realizadas a partir da greve de Fasubra, reforçada pela greve docente, que vem se fortalecendo nacionalmente segundo os números divulgados pelo ANDES-SN. Nesse sentido, o presidente da APES enfatizou a importância de fortalecer o movimento da greve, com atividades políticas junto a parlamentares, atividades de comunicação com a comunidade interna e externa e ações de mobilização locais e nacionais, com participação ampla da base.
