Representantes das entidades que compõem o FONASEFE (Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais) foram recebidos na tarde desta terça-feira, 22 de março, por secretários do governo para tratar da campanha salarial emergencial das trabalhadoras e trabalhadores do serviço público federal. Os representantes estavam em vigília na porta do Ministério da Economia desde o dia 16 de março, Dia Nacional de Mobilização, Paralisação e Manifestações do qual a APES participou em Brasília. A reunião acontece após dois meses de mobilização e um dia antes da deflagração da greve por tempo indeterminado das categorias.
Segundo informações da FASUBRA, participaram pelo governo os secretários: José Borges de Carvalho Filho, coordenador-geral de Negociação Sindical no Serviço Público e diretor interino de Relações de Trabalho do Ministério da Economia e o secretário de Gestão e Desempenho de Pessoal, Leonardo José Matos Sultani. Segundo o coordenador-geral da FASUBRA, Toninho, José Borges de Carvalho afirmou que dialogará com parte do governo para que a mesa de negociação possa ser concretizada e retornará ao FONASEFE no dia 1º de abril com uma resposta decisiva.
A cobertura da reunião feita pela FASUBRA pode ser lida aqui.
Com esta primeira reunião, as entidades avaliam que somente com a pressão permanente e ações unificadas as negociações com o governo poderão avançar. Neste sentido, é necessário ampliar a participação nas manifestações em Brasília, com a vigília permanente e o envio de caravanas à capital federal.
O calendário nacional de mobilizações, do qual o ANDES e suas seções irão participar, pode ser conferido aqui.
A APES convoca a categoria a participar da Jornada de Lutas nos dias 29, 30 e 31 de março. Interessadas/os em ir à Brasília devem fazer contato até o dia 25 de março pelo email faleconosco@apesjf.org.br.
Reivindicações
Sem reajuste desde 2017, as trabalhadoras e trabalhadores do serviço público federal acumulam uma defasagem nos salários de, pelo menos, 49,28%. Neste momento, as entidades reivindicam a recomposição de 19,99%, índice correspondente apenas às perdas inflacionárias relacionadas ao período do atual governo. A categoria cobra ainda a revogação da Emenda Constitucional 95 (teto de gastos), a revogação do Decreto 10.620 (que transfere as aposentadorias e pensões dos servidores vinculados às autarquias e às fundações públicas para o INSS) e a derrubada da Proposta de Emenda à Constituição 32 (Reforma Administrativa).