A assembleia docente, marcada para esta quarta-feira, 31 de maio, se transformou, em virtude da ausência de quórum, em uma reunião ampliada, em que foi possível a realização de debate sobre a questão do assédio moral e sexual dentro das Instituições Federais de Ensino, com relato sobre a comissão instituída pela UFJF para cuidar da questão.
Este grupo, que vinha se reunindo desde março, fez um convite às entidades representativas, que passaram a integrar os trabalhos que já estavam em andamento. A professora Joana Machado, que participa pela APES, fez um relato da atuação do sindicato, em conjunto com DCE, Sintufejuf e APG, que lutaram juntos para uma maior participação da comunidade universitária na elaboração da minuta, que será apresentada ao Conselho Universitário. O objetivo é trazer uma visão mais plural, com a realização de reuniões abertas, ampliando a participação da base, como pode ser conferido em: Reunião expôs situação grave ocasionada pelo assédio moral e sexual e indicou propostas para a comissão formada pela UFJF, absorvendo as demandas e propostas, como também pode ser constatado em Reunião ampliada sobre o grupo de combate ao assédio avança nas propostas para minuta e propõe criação de um fórum.
O debate se estendeu e, como ocorre sempre que o assunto é levantado, houve relatos de casos graves de assédio dentro da instituição, evidenciando a urgência de se estabelecer um combate efetivo ao problema. A diretoria da APES se colocou à disposição dos docentes, alvos dos relatos para apoio no que for necessário, inclusive jurídico, já que uma das principais questões levantadas foi a forma como a UFJF tratou a questão. A reunião apontou a necessidade da criação de um fórum permanente do sindicato e de que a APES atue firme frente ao problema, sendo um canal de apoio às vítimas do assédio.
Houve também os relatos das ações da APES que, em conjunto com o ANDES-SN, em Brasília, participou das manifestações contra a aprovação do Arcabouço Fiscal, da forma como se apresenta a proposta, o que pode restringir o investimento em educação no país. O professor Leonardo Andrada, que estava em Brasília, neste movimento, informou que, em virtude da votação ter sido antecipada, docentes aproveitaram para percorrer gabinetes de deputados no Congresso em busca de assinaturas pela abertura de uma frente parlamentar que possa discutir a dívida pública. Mais informações podem ser conferidas em: APES e ANDES-SN participam de movimento no Congresso Nacional pela abertura de Frente Parlamentar para discutir a auditoria cidadã da dívida pública.
Como não foi possível a eleição de delegados para o próximo CONAD, a diretoria se comprometeu em marcar nova assembleia especificamente para este fim