Nesta sexta-feira, representantes do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos se reuniram com o Comando Nacional de Greve do ANDES-SN e apresentaram uma proposta que mantém 0% de reajuste salarial em 2024, mas com 9% em 2025 e 3,5% em 2026, além de reajustes em auxílios.
A professora Joana Machado, do Comando Local de Greve da APES, e que está em Brasília, fazendo parte do Comando Nacional, viu a movimentação do governo, como resultado direto da pressão exercida pelo movimento docente: “A proposta, no entanto, traz ainda a exclusão de parte significativa da categoria, que são as pessoas aposentadas. Se movimenta sobre a recomposição salarial, mas mantém na mesa reajuste zero para 2024”, ponderou.
Carreira
Joana falou ainda sobre como o governo colocou, na mesa, a questão da carreira. “Sinaliza com a possibilidade de aumento do percentual entre alguns níveis da carreira (steps), sem responder à proposta de reestruturação. O CNG se reuniu logo após e realizou uma avaliação política da mesa, que será sintetizada em documento a ser enviado para às Seções Sindicais de forma a subsidiar os debates na rodada de assembleias que se realiza na próxima semana”, relatou
Esta rodada vai definir a resposta do movimento docente. O presidente do ANDES-SN, Gustavo Seferian, ressaltou que há espaço no orçamento e que a pressão da greve surtiu efeito. “É ainda uma movimentação tímida, mas revela o quanto a greve é meio eficaz na conquista de avanços e vitórias em defesa do serviço público. A crescente mobilização aponta certamente que há mais que podemos conquistar. A proposta será avaliada pelas bases em rodada de assembleias que ocorrerão entre os dias 22 e 25 de abril”, disse.
