Em mais um lance da destruição do Estado Brasileiro, levada a cabo por Bolsonaro e seus apoiadores, o Presidente da Câmara dos Deputados, Athur Lira, incluiu na última terça-feira, 6 de julho, o Projeto de Lei 591/2021 que trata da privatização dos Correios. Neste, consta que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) se transformará em uma empresa mista, abrindo caminho para que empresas privadas assumam atividades que hoje são garantidas pela estatal.
A privatização é pauta recorrente do presidente Jaír Bolsonaro e de seu Ministro da Economia, Paulo Guedes. Esse ataque ao estado pode ter como consequências o aumento nos preços e piora no serviço prestado à população, conforme avaliação da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect).
Segundo o secretário especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord, o governo pretende vender o controle da empresa de forma integral, em leilão, se desfazendo de 100% do capital dos Correios.
O PL da privatização dos correios está na pauta, mas ainda não foi divulgado o parecer do relator, deputado Gil Cutrim. Entretanto, o governo federal pretende que o PL seja aprovado até o dia 17 de julho, antes do recesso parlamentar.
Transformar patrimônio em mercadoria
Em nota, o ANDES-SN se manifestou contra o PL 591/21 e afirmou que a privatização dos Correios “significa mais um passo na subserviência do Estado brasileiro ao Capital, transformando nosso patrimônio e os serviços prestados para a população em mercadoria, fazendo com que as empresas privadas possam lucrar ainda mais, enquanto, as trabalhadoras e trabalhadores pagarão o preço por essa política entreguista”. O Sindicato Nacional ressaltou a importância da empresa brasileira na prestação de serviços em todo o território nacional, inclusive nos locais onde as suas atividades não geram lucro. Leia aqui a íntegra da nota.
APES convoca para a resistência
De acordo com o presidente da APES, Augusto Cerqueira, a privatização dos correios deve ser combatida pela mobilização de todos os que defendem a importância dos serviços públicos para o bem estar de sua população, sobretudo a mais pobre. “Precisamos lutar contra a entrega do patrimônio e o desmonte do estado. O atual governo trabalha na destruição das instituições e empresas públicas, gerando cada vez mais desigualdade, piora das condições de vida da população que mais precisa e aumento subserviência ao capital”, disse Augusto.