Estudo faz parte de ação da Frente em Defesa da Educação
Em nota técnica, um grupo de pesquisadores de diversas instituições públicas de pesquisa alertam para a ampla circulação de variantes do coronavírus em Minas Gerais e apontam a necessidade de manutenção do uso de máscaras para evitar novos surtos. A produção da nota é uma ação da Frente de Defesa da Educação com apoio da APES, e tem como objetivo instrumentalizar as entidades para a cobrança de políticas públicas educacionais que defendam a vida e a saúde de docentes, estudantes e demais trabalhadores da educação.
O estudo, resultado de um acompanhamento epidemiológico realizado desde dezembro de 2021, analisou o cenário de cinco cidades mineiras (Belo Horizonte, Diamantina, Juiz de Fora, Uberaba e Uberlândia) e indicou que o atual momento é apropriado para o retorno presencial em escolas e universidades com cautela. Ou seja, além de indicar a necessidade de uso de máscaras para a comunidade escolar e para toda a população desses municípios, o estudo aponta a necessidade de aumento da cobertura vacinal plena para a população, principalmente em crianças de 5 a 11 anos, e reforço para a população adulta. O estudo também aponta como necessários o monitoramento contínuo dos indicadores da pandemia pelos municípios e a exigência de passaporte vacinal pelas instituições de ensino. Tais medidas são fundamentais em um cenário de ampla circulação das variantes delta e ômicron no estado, da entrada de novas variantes no país e para o aumento da mobilidade urbana, com redução do isolamento social.
A Nota Técnica é assinada por pesquisadores e pesquisadoras do INPA, UFMG, UFAM, UFSJ e Butantan e tem como autor correspondente o cientista Lucas Ferrante, que participou de uma live da APES sobre o retorno presencial. Leia a nota completa aqui.
Projeções de entrada de novas internações (FERRANTE et.al, 2022)
UFJF
Apesar de um recrudescimento da pandemia na primeira quinzena de março, como avaliado pelos pesquisadores, a UFJF tem flexibilizado os protocolos de biossegurança da instituição, às vésperas do retorno presencial pleno anunciado para o dia 18 de abril.
Em reunião do Consu do dia 11 de março, o Conselho aprovou a ocupação plena dos ambientes da instituição, deixando de ser necessário o distanciamento dentro de salas de aulas, espaços acadêmicos e administrativos. O distanciamento de 1 metro só será mantido em espaços onde houver necessidade de retirar a máscara, como cantinas e restaurantes universitários. Além disso, o uso de máscaras nos locais abertos do campi não é mais obrigatório, seguindo decretos municipais de Juiz de Fora e Governador Valadares.
A obrigatoriedade do passaporte vacinal, por sua vez, foi aprovada em reunião do dia 14 de fevereiro. O passaporte deve ser apresentado por estudantes, professores, TAEs, terceirizados e público geral. Professores e TAEs devem fazer a atualização obrigatória dos dados cadastrais no Siga. Os documentos válidos para comprovar a vacinação são o certificado emitido pelo aplicativo Conect Sus ou o cartão de vacinação impresso em papel timbrado.