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Ato pela democracia toma as ruas do centro de Juiz de Fora |
Trabalhadores e trabalhadoras, estudantes, sindicatos, entidades e associações de classe estiveram nas ruas de Juiz de Fora no final da tarde de quinta-feira, 11 de agosto, para defender a liberdade, o estado democrático de direito, pelo Fora Bolsonaro e suas ameaças golpistas. A concentração se deu na praça da estação, centro da cidade, onde houve o revezamento nas falas, pedindo respeito às instituições democráticas, a defesa da educação, do meio ambiente, o fim do racismo, a defesa dos direitos dos trabalhadores e da união de todos e todas para derrotar o projeto de destruição em curso no país. Depois das falas, a manifestação subiu pela rua Halfeld, indo até o Cine Theatro Central, portando faixas e falando palavras de ordem.
O professor Leonardo Andrada, da direção da APES, ressaltou, durante sua fala, a importância da união de todos e da presença nas ruas para a mudança nas condições políticas e sociais do país. “Por meio da força da nossa união, não aceitaremos mais nenhum tipo de recuo, nenhum tipo de retrocesso. Não admitiremos mais o obscurantismo das forças políticas que se organizam em torno deste governo. Já são quase quatro anos de retrocesso, de perdas de direitos, de degradação das condições de trabalho e de vida, de inflação acelerada, de destruição do meio ambiente e de entrega dos recursos deste país. Não é possível que continuemos sustentando um projeto que se dedica a drenar os recursos produzidos pelo povo brasileiro e, isto que estamos fazendo aqui, é a demonstração de que não vamos abrir mão deste caminho. De que sabemos que nossa força é a coletividade”.
Neste dia 11 de agosto, capitais como Manaus (AM), Belém (PA), Salvador (BA), Fortaleza (CE), Recife (PE), São Luís (MA), Natal (RN), João Pessoa (PB), Brasília (DF), Goiânia (GO), Campo Grande (MS), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), num total de cinquenta cidades, contaram atividades de rua, com a participação das entidades representativas de trabalhadores e estudantis.
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UFJF faz leitura de documentos em ato em defesa da democracia |
Reunindo as representações da APES, DCE, Sintufejuf e APG, a UFJF realizou a leitura da “Carta em Defesa da Democracia e do Estado de Direito”, redigida pela USP, na manhã desta quinta-feira, 11 de agosto, na Àgora, próximo à praça cívica. A leitura se deu em conjunto com outros manifestos como o documento escrito pela ANDIFES, ABRUEM e CONIF: “As Universidades e Institutos Federais pela Democracia e Eleições Livres”.
A leitura da carta foi feita pela diretora da faculdade de direito da UFJF, Aline Passos, que destacou a necessidade da manutenção do estado democrático de direito e das conquistas da constituição de 1988, tendo como o desafio principal o fim das desigualdades sociais e afirmou a importância do fortalecimento das instituições, como luta principal dos cursos de direito. Relembrou também o momento histórico ocorrido em 1977, quando, durante as comemorações do sesquicentenário da fundação dos cursos jurídicos no país, o professor Goffredo da Silva Telles Júnior leu a “Carta dos Brasileiros”, na qual denunciava a ilegitimidade do governo militar.
O professor aposentado Ignácio Delgado foi convidado para a leitura do documento “Em Defesa da Democracia e da Justiça”, e destacou que agosto também marca a derrota do nazifascismo no mundo. A Vice-Reitora da UFJF, professora Girlene Alves fez a leitura do documento “As Universidades e Institutos Federais pela Democracia e Eleições Livres” e recordou que a carta havia sido entregue ao Ministro do Supremo Edson Fachim pela ANDIFES, CONIF E ABRUEM, no momento em que o processo eleitoral era acusado de ser fraudulento.
Falando pela APES, o professor Leonardo Andrada afirmou a importância da ação em defesa da democracia, como aglutinadora de diferentes setores da sociedade que, unidos por um interesse comum, possam criar um movimento de massa para além das contradições existentes. “Em toda a história da sociedade em que vivemos, nunca foi possível conquistar direitos e preservar interesses a não ser por meio da organização e da luta para a resistência. Democracia não é algo que aconteça de forma automática. Por isso torna-se tão importante a união das entidades representativas e a consciência de que que a luta se faz nas urnas, mas também nas ruas”. E destacou a certeza de que a sociedade pode derrotar o retrocesso, barrar o avanço do obscurantismo, para reconstruir o país de forma mais justa e socialmente referenciada.
O representante do DCE, César Augusto Maciel destacou o dia 11 de agosto como momento histórico de criação da União Nacional dos Estudantes e resgatou as lutas importantes que os estudantes empreenderam em defesa da democracia. Falou sobre a importância da Universidade como local de transformação, da produção de ciência e conhecimento e de importante espaço de resistência. Ao final conclamou a todos à participação no ato, na parte da tarde, na Praça da Estação.
A representante da APG, Ana Beatriz Barbosa, disse que o dia 11 de agosto deve resgatar o papel histórico que os estudantes sempre tiveram nas lutas principais da sociedade brasileira, em defesa do estado democrático de direito. E correlacionou a importância desse reconhecimento com o momento atual, quando a democracia segue sendo soterrada no cotidiano de todos e todas. Defendeu a democracia e a educação pública, gratuita e de qualidade, como pilares fundamentais de uma sociedade justa e igualitária e ressaltou a necessidade de defesa da UFJF que vive um momento difícil frente aos cortes orçamentários.
Pelo Sintufejuf, o Técnico Administrativo em Educação, Flávio Sereno destacou o dia nacional em defesa da democracia e ressaltou que a criação dos cursos de direito no Brasil teve como objetivo a manutenção da independência do país, com uma administração pública que sirva de verdade à população. Denunciou o projeto de destruição da universidade pública, num processo que se faz não por sua venda ou destruição física, mas transformando o serviço público para o atendimento de interesses de setores privados. Disse que é necessário defender a democracia e marcar a resistência contra um governo de destruição.
Para encerrar a cerimônia, a professora Girlene Alves reuniu os representantes e oradores à frente e destacou que a universidade apenas continuará firme na defesa do seu papel caso ações como o ato realizado na manhã desta quinta-feira possam estar muito frequentemente na agenda de todos. Para dizer que a construção de uma universidade forte, em defesa de uma sociedade mais justa, só se efetivará se vivermos num país democrático.
Em todo o país
Atos como o da UFJF foram realizados em todo o país reunindo, entidades, juristas, artistas, movimentos sociais e sindicais. A adesão à “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito” pode ser feita por meio do site https://www.estadodedireitosempre.com ou por e-mail para o endereço estadodedireitosempre@outlook.com, indicando nome da entidade e CNPJ.
Acima à esquerda, professor Leonardo Andrada fala em nome da APES, acima à direita, oradores e representantes ao final do ato. Abaixo à esquerda, professora Aline Passos faz a leitura da carta, abaixo à direita, Flávio Sereno fala em nome do Sintufejuf
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Curso de extensão "História, cultura e mobilizações indígenas na sala de aula" está com inscrições abertas |
O curso de extensão "História, cultura e mobilizações indígenas na sala de aula" ocorrerá entre os dias 15 de agosto a 22 de outubro, em modo remoto.
A iniciativa é do IF Sudeste MG de Juiz de Fora em parceria com a Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (APOINME) e com o Conselho Indigenista Missionário (CIMI Regional Leste).
As inscrições poderão ser realizadas até 18 de agosto no seguinte link: https://forms.gle/EGRR6LxA2c6PQYSr5
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